Coisa de Mulher

"A amizade será sempre a primeira palavra do poema que Deus continuará a escrever cada manhã à humanidade, até que ecludam os novos céus e a nova terra".

"Eu procuro um amor, que ainda não encontrei
Diferente de todos que amei,
Nos seus olhos quero descobrir
Uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer

Pode ser que eu a encontre numa fila de cinema
Numa esquina ou numa mesa de bar
Procuro um amor, que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim
E eu vou tratá-la bem, pra que ela não tenha medo

Quando começar a conhecer os meus segredos
Eu procuro um amor, uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer
Pode ser que eu gagueje, sem saber o que falar
Mas eu disfarço e não saio sem ela de lá"
( Desconheço o autor )

Adorei a mensagem, dedico para quem não encontrou ainda a sua cara metade
Mary

Casar pra quê?
É possível ser feliz para sempre com cada um na sua casa
Ivan Martins
Arquivo Época
IVAN MARTINS
É editor-executivo de ÉPOCA

Uma das minhas colegas de redação repetiu, outro dia, a frase que ela ouviu de um antigo chefe: “Por que casar? É a metade da diversão pelo dobro do preço...”

Nós falávamos, claro, de casamento, e ela tentava arrancar de mim, que estava escrevendo a capa da ÉPOCA da semana passada sobre esse mesmo assunto, uma resposta à pergunta que, para ela, parece essencial: por que as pessoas se casam se podem continuar namorando, que é muito mais gostoso?

Mesmo tendo acabado de ler Committed (em português, Comprometida), o novo livro de Elisabeth Gilbert, (a autora de Comer, Amar, Rezar), que discute, em suas quase 300 páginas, os prós e contras do casamento, eu fui incapaz de responder à pergunta da colega – e aquilo me deixou incomodado.

Percebi que talvez ela esteja certa. Talvez as discussões sobre casamento comecem num ponto de partida equivocado. Elas opõem estar casado a estar sozinho, ou sozinha. Se a opção fosse entre estar casado e ter um namorado, ou namorada, a discussão seria a mesma? Suspeito que não.
No passado, comparar namoro a casamento não faria sentido. Quando os casais não podiam nem ir ao cinema sozinhos, casar oferecia a única possibilidade duradoura de intimidade entre homem e mulher. Intimidade física, sobretudo. Era também a única maneira respeitável de fazer filhos. E as mulheres, é bom lembrar, não eram autosuficientes economicamente: dependiam dos homens para o seu sustento. O casamento era uma garantia.

Nada disso se aplica mais. Com pequenas resistências conservadoras lá e cá, as pessoas no Brasil de hoje transam com quem quiser, quando quiserem. O direito à intimidade sem casamento parece assegurado. Quanto aos filhos, vale o mesmo. Embora a família tradicional (desde que estruturada) ainda ofereça o melhor ambiente para educação das crianças, está cheio de gente por aí que cresceu com pais separados ou na ausência total de pai e mãe. E tudo bem. De independência econômica nem é necessário falar. As mulheres já trabalham como homens e logo estarão ganhando tão bem (ou tão mal) quanto eles. Questão de tempo, me parece.

Logo, a questão retorna: por que as pessoas insistem em casar se é tão fácil viver em casal e mesmo ter filhos fora do casamento?

A minha teoria é que as pessoas se casam no Brasil pelo mesmo motivo que compram casa própria – a tradição da terra diz que é importante e, intimamente, todos desejam se proteger da incerteza do futuro. Como vou poder pagar o aluguel se, de uma hora para outra, eu não tiver mais renda? Em termos afetivos, como evitar a solidão e o desamparo se, ao envelhecer, não tiver ninguém ao meu lado sob contrato? Quando se trata da casa, a compra faz sentido. No casamento, a garantia é cada vez mais ilusória.

Antes de prosseguir na discussão, é necessário sublinhar o óbvio: os casamentos falham. Em grande quantidade, de forma dolorosa e com enormes custos pessoais e sociais.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca



A DIETA DA ALMA
(Rayana Odete Gasparim Paiva)
Cada dia cresce mais e mais a preocupação e os cuidados com o corpo. Não faltam dietas, quer para emagrecer, engordar, manter o peso, controlar o colesterol, etc. Todas têm um caminho certo: cuidar do organismo através do controle da alimentação, para uma vida mais saudável.

Conquanto todo esse esforço da dietoterapia e das academias seja louvável e necessário, não obstante, eu pergunto: quem vai cuidar da alma ? Qual a dieta que elimina as “toxinas” de nosso interior e o excesso de “gordura” de nossas emoções ?

Na lógica das dietas alimentares, sem corte de tudo que é prejudicial para o organismo, seja por excesso e/ou contaminação, não são possíveis saúde e bem estar.

Partindo dessa lógica, eu gostaria de prescrever uma dieta para a alma, a base de cortes radicais que somente serão possíveis através de uma grande força de vontade. Esta força de vontade deve emergir da própria alma e será produzida pela certeza de que é preciso ser feliz.

Minha dieta está baseada na eliminação de cinco sentimentos que, enquanto estiverem em nós, produzem uma espécie de “lixo” interior: orgulho – inveja – amargura vingança - ódio

Toda pessoa orgulhosa é doente e não se dá conta disso. O orgulho, via de regra, conduz ao isolamento social e se fundamenta numa grande ilusão, a de querer ser aquilo que se é. Todo orgulhoso termina a vida frustrado e só. Eliminando o orgulho, você libera outros sentimentos que tornarão sua vida bem melhor.

A inveja é sempre um atestado de incompetência, além de ser pobreza de espírito. É também a revelação de um péssimo caráter. O invejoso tem um sorriso falso, tem uma mente doente e geralmente contamina outras pessoas, destruindo amizades e relacionamentos. É bom a gente ver também o sucesso dos outros e ajudá-los em suas conquistas, pois neste mundo de Deus, há espaço para todos. O invejoso é um fraco.

Toda pessoa amargurada vive sempre com a alma sangrando por dentro, gotejando lágrimas de um eterno sofrer. A amargura, quando cria raízes no coração, produz o ressentimento, o desencantamento da vida, a tristeza contínua que logo é refletida através de um olhar distante e sem brilho, pelo sorriso vazio ou pelo coração fechado para o amor. Quantas pessoas há que não conseguem mais sorrir, perderam completamente a alegria de viver! Como é possível viver feliz com amargura no coração ?

Na vida nada é melhor que um dia atrás do outro. Por isso mesmo evite ser uma pessoa de espírito vingativo, pois a vingança é a arma dos fracos, dos que não têm Deus no coração. A vida dá sempre muitas voltas e deixe que ela mesma se encarregará de esclarecer muitas coisas e, por mais difícil que seja, abençoe sempre os que lhe desejam o mal. Aprender a abençoar é também aprender a ser livre.

Por último, não permita jamais que o ódio se instale dentro de você. Ele é uma espécie de tumor maligno em nossa afetividade e poderá um dia evoluir para um grande tumor maligno em nosso corpo. Ele é irracional, prejudicial e desnecessário. O ódio é sempre a negação do amor e falta do amor revela a ausência de Deus. Quem odeia, não perdoa, e quem não perdoa vive intranqüilo, sem paz e cheio de remorso. O ódio é o câncer da alma!

A vida é um dom de Deus. Viver bem é uma necessidade e também um desafio. Cuide de seu corpo, elimine tudo que lhe faz mal, mas cuide também de sua vida interior eliminando as “toxinas” e as “gorduras” da alma; elas adoecem as emoções, deformam a estética de nossa interioridade e produzem muitos males ao longo da vida.

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe o vosso pensamento”.
(Filipenses 4 : 8)


“No principio havia só um sexo; dizem os gregos que era o sexo masculino. Dotado de faculdades magníficas, era uma criatura admirável em que se reviam os deuses; os dons eram tão grandes que aconteceu aos deuses o mesmo que por vezes acontece aos poetas que gastaram todas as forças nas criações de uma obra: tiveram inveja do homem. O pior é que tiveram receio dele; temeram que ele não estivesse disposto a aceitar de bom grado o jugo divino; tiveram medo, embora sem razão para isso, que o homem chegasse a abalar o céu. Haviam feito surgir uma força nova que lhes parecia ser indomável. A inquietação e a perplexidade dominavam então no concílio dos deuses. Mostraram-se primeiro de uma generosidade pródiga ao criarem o homem; mas agora tinham de recorrer aos meios mais violentos para legítima defesa. Os deuses pensavam que o seu poderio estava em perigo, e que não podiam voltar atrás, como um poeta que renegue sua obra. O homem já não poderia ser dominado pela força, porque se o pudesse ser, os deuses teriam facilmente resolvido o problema; e era isso precisamente o que lhes causava desespero. Era preciso cativá-lo pela fraqueza, por um poder mais fraco e mais forte do que ele, capaz de subjugá-lo. Que poder espantoso e que poder contraditório não havia de ser! A necessidade também ensina os deuses a transcenderem os limites do engenho. Pensaram, meditaram, encontraram. A nova potência foi a mulher, maravilha da criação, que aos próprios olhos dos deuses era superior ao homem; e os deuses, ingênuos e contentes, mutuamente se felicitaram pela nova invenção. Que mais poderei eu dizer em louvor da mulher? A mulher foi tida capaz de fazer o que parecia impossível aos deuses; além disso, a verdade é que desempenhou admiravelmente o seu papel; que maravilha não deve ser a mulher para conseguir tais fins! Tal foi a astúcia dos deuses. A encantadora foi dotada de uma natureza enganadora; mal encantou o homem, logo se transformou, envolvendo-o entre todas as dificuldades do mundo finito; era isso mesmo o que os deuses queriam. Que seria possível imaginar de mais fino, de mais atraente, de mais arrebatador, do que este subterfúgio dos deuses que querem salvaguardar um império, do que este processo para seduzir o homem? Tal é a realidade; a mulher é a sedução mais poderosa do céu e da terra. Comparado a ela, homem é um ente muito imperfeito.”
( kierkegaard , filósofo do amor )

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