Onde está a poesia da minha vida?
O toque sentido, o amor dividido?
Onde está você que não vejo?
Por quanto tempo, por quantas vezes
a saudade fará morada em meu ser
A mente quer deletar aquilo que meu coração arde
A mão quer amar, acariciar, mas aqui é tão frio
Olho pessoas e passos vagos,
risos falsos, corpos feridos
E meu íntimo diz: vá, siga, acredite
Será que vivo num mundo que não me pertence?
As pessoas não sabem mais amar?
E o calor do desabrochar de um grande amor?
E o pensamento sereno e infantil
de esperar e sonhar acordado?
Serei eu uma sonhadora
num tempo em que se procura e nada se acha
Onde está vc?
Meu amor...


FERNANDA CARNEIRO