Não só a "felicidade", assim como o "sucesso" e a "realização" são temas muito explorados e abordados pelos livros de auto-ajuda, literatura esta que mais vende no mundo nos últimos 5 anos.
O marketing influi no conceito de felicidade. Ele se aproveita do fato de sermos sêres mecanicistas e relativistas. Em outras palavras, como ninguém sabe ao certo o que é felicidade, então eu passarei a estar nela quando eu a sentir, e como cada um sente as coisas de um jeito, eu nunca vou achar que cheguei lá...e a busca continua eternamente.
A meu vêr é preciso sair de nossa forma relativista de pensar, pois ela requer comparações com aquilo que senti e o que espero sentir, em relação ao que sinto agora.
É mais fácil termos consciência de um estado pontual de alegria ou tristeza (agora) , do que fantasiar sobre um estado contínuo de "felicidade" o qual, sem termos onde compará-lo, perderemos nosso tempo tentando encaixar sentimentos na retórica de uma definição.
É por isso que nada pode ser generalizado para o sêr humano. Os mecanismos dos pensamentos são parecidos, mas os sentimentos são únicos. E por mais que tentemos padronizar o comportamento, jamais teremos unicidade dos sentimentos. Muitos de nós vão se comportar tal qual os outros para não ser notado ou para agir de forma politicamente correta. Mas jamais sentiremos as coisas de uma única forma. Talvez seja por aí que fica mais fácil falar sobre a "felicidade", pois todo mundo vai tentar encaixar um padrão que é impossível de existir e ao final vai concluir que não chegou lá.
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Me dá outro livro aí !!!
Dalto